terça-feira, 14 de julho de 2020

Como identificar uma suplementação de ômega-3 de qualidade?

Ômega-3 Entenda o que são EPA e DHA

As substâncias que exercem as funções bené­ficas do ômega-3 são os ácidos eicosapenta­enoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA). O ômega-3 é sintetizado através do ácido alfa-li­nolênico (ALA) que sofre uma reação enzimá­tica e origina os ácidos graxos EPA e DHA. EPA apresenta ação anti-inflamatória através da produção de substâncias chamadas de prosta­glandinas E3. Seus principais benefícios estão relacionados à saúde cardiovascular e proble­mas circulatórios. O DHA é um ótimo alimento para o cérebro, já que metade dele é composto de gordura. Dentre seus benefícios, o que se destaca está relacionado à melhora dos processos cognitivos, como o funcionamento da memória e o correto funcionamento dos neurôniosatuando de forma neuroprotetora.

QUAL A MELHOR OPÇÃO: EPA + DHA OU SOMENTE DHA?
Uma dúvida frequente trata-se de qual suple­mentação de ômega-3 é a mais recomendada: EPA + DHA ou somente DHA? Para a saúde em geral, recomenda-se uma suplementação que contenha 3 partes de EPA para cada 2 partes de DHA, por exemplo, para cada 300mg de EPA, 200mg de DHA. Tal proporção repro­duz a quantidade de EPA e DHA encontrada naturalmente nos peixes oleosos de águas frias e profundas. No entanto, dependendo do objetivo, suas proporções podem variar. Até o momento, por exemplo, é sabido que quando há a necessidade de uma ação anti-inflama­tória geral potencializada, o recomendado é uma maior proporção de EPA, e, quando se deseja ação mais direcionada ao cérebro e aos olhos, maiores quantidades de DHA são recomendadas.

Como identificar uma suplementação de ômega-3 de qualidade?

O ácido graxo ômega-3 é um tipo de gordura poli-insaturada saudável e essencial, ou seja, importante para a manutenção da saúde. No entanto, o organismo não é capaz de produzir em quantidades adequadas, sendo necessário seu consumo através da dieta.

Peixes oleosos de águas frias e profundas, tais como salmão, sardinha, anchova, cavala e arenque são ricos em ácidos graxos ômega-3 EPA e DHA em razão de sua dieta ser à base de fitoplâncton (algas marinhas). Óleos vegetais como os de linhaça e prímula são fontes do precursor de EPA e DHA (ácido alfa-linolênico).

Existem diversos tipos de suplementação de ômega-3 no mercado.

Deve-se ficar atento em relação a alguns quesitos importantes: proporção e concentração dos ácidos graxos EPA e DHA por cápsula e pureza do óleo de peixe. Quanto maior a concentração de EPA e DHA, mais concentrado e puro será o óleo. É fundamental que a pureza do óleo em rela­ção a metais pesados e contaminantes como PCBs (do inglês, polychlorinated biphenyls) e dioxinas (subprodutos industriais) seja comprovada por órgão certificador especia­lizado. O programa de certificação interna­cional The International Fish Oil Standards™ (IFOS) é referência mundial no controle de qualidade do ômega-3 que define os padrões mais elevados de pureza, frescor do óleo e concentração de EPA e DHA. Os critérios de aprovação e certificação do óleo de peixe estão relacionados à alta concentração de EPA e DHA por cápsula, cumprimento das normas de segurança para contaminantes ambientais e avaliação dos níveis de oxida­ção do óleo. Quanto mais concentrado em EPA e DHA o óleo de peixe for, menos cápsu­las serão necessárias ao dia, o que facilita a adesão ao tratamento.


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